ONG paulista chega a Salvador para doação de perucas no HAM
- Publicado em 10/03/2020
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Há seis anos trabalhando para oferecer um pouco mais de autoestima para as pacientes com câncer de todo o Brasil, a Organização Não-Governamental (ONG) Cabelegria doa perucas feitas com cabelos também doados, em um processo que é feito sem custos e com um único objetivo que é ver o sorriso nos rostos das mulheres. E, dessa vez, a instituição contemplada com a ação da ONG foi o Hospital Aristides Maltez (HAM), que promoveu para as pacientes uma manhã inteira de beleza e cuidados.
Mariana Robrahn, fundadora da Cabelegria, conta que a ONG surgiu de um desejo genuíno de apenas ajudar, sem ter nenhum caso próximo de câncer na família ou entre amigos: “Eu e Mylene Duarte, minha amiga, simplesmente sentimos a vontade de cortar nossos cabelos e doar, mas achamos que só os nossos seriam poucos. Iniciamos uma campanha e, para nossa surpresa, arrecadamos mais de mil cabelos em um mês. De lá pra cá, o desejo de continuar ajudando foi crescendo, até que hoje temos a Cabelegria que aceita cabelos e doa perucas para todo o Brasil. Nessa ação, que estamos recebendo o patrocínio da Eudora, vamos também para Curitiba e São Paulo”, conta.
Questionada sobre como se deu a escolha pelo HAM, Mariana diz que foi fácil: “Entrei no site do INCA e vi que o hospital referência da Bahia é o Aristides Maltez. Falei com Fátima, coordenadora do Voluntariado, que abriu oS braços para nós e nos apresentou essa história e instituição linda. E, se tudo der certo, no segundo semestre, estaremos de volta com mais calma para quem sabe, ficar até dois dias aqui Porque quanto mais pacienteS beneficiadas, melhor, não é?!”.
A paciente Ana Zilda Oliveira, que está no HAM há quatro anos, participou da ação fazendo laços e turbantes e abriu mão de ter a sua peruca em prol de outra paciente: “Eu chego aqui e mostro às meninas que lá fora tem gente com problemas muito maior do que os nossos e não é porque a minha autoestima é elevada não, sabe? Mas a gente tem acolhimento aqui, tem amor, carinho, atenção… De toda a equipe. Do porteiro ao médico. Então, não tem como não ser grata e reconhecida à essa instituição. Eu fico triste só de não poder colocar outros HAM’s em outros estados porque um hospital igual a esse aqui eu sei que não tem por aí”, ressalta.
Para Maria de Fátima, coordenadora do Voluntariado da Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC), receber o pessoal da Cabelegria foi uma honra muito grande: “Eu já conhecia o trabalho delas há algum tempo, quando vi na TV todo o projeto, já sonhava em quando teríamos algo assim aqui no HAM. Com o passar do tempo, conseguimos parceiros maravilhosos que estão conosco três a quatro vezes por ano, mas eu ainda sonhava com o dia em que a Cabelegria estaria aqui. E esse dia chegou através dessa figura linda que é Mariana e toda a equipe dela. Aí juntamos à esse momento três voluntários para maquiagem e proporcionamos uma manhã diferente para as nossas pacientes”, declara.
Marileusa Oliveira, também paciente do HAM, recebeu uma peruca e passou pela maquiagem feita por voluntários. Depois de se olhar no espelho novamente, afirmou estar “ainda mais bonita e charmosa. Com cabelos compridos e laço, agora já estou pronta para qualquer festa que me chamarem lá na minha cidade (Várzea Nova)”, concluiu sorrindo.
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